Para entendermos o que de fato muda no cotidiano dos usuários, é preciso conhecer alguns conceitos e um pouco do processo histórico evolutivo deste setor no Brasil.
O serviço de telefonia móvel foi implantado no início da década de 1990 com a faixa de frequência de operação do sistema iniciada em 800 mhz até 900 mhz.
O levantamento foi realizado na disciplina de noções de direito privado, no primeiro semestre deste ano. Foram visitados 93 locais em 30 bairros da cidade. O método utilizado não é científico, mas utilizou alguns critérios. Nos resultados, um dado preocupante: 42,8% dos locais percorridos apresentaram problemas de sinal.
A operadora Claro apresentou ausência de sinal ou sinal deficiente em 45,90% dos locais. A Oi, em 45,83%. Na Tim, 42,10% dos locais visitados marcaram menos de 2 pontos, segundo os alunos. E, na Vivo, em 37,68%.
O diretor da Faculdade de Engenharia, Hélio Antônio da Silva, explicou que, em breve, estudos semelhantes devem ser implantados. Há previsão de compra de equipamentos que medem a qualidade do sinal para o curso de Engenharia de Telecomunicação.
O resultado do levantamento foi encaminhado para a Promotoria de Direito do Consumidor, no Ministério Público (MP).
Muitos especialistas apontam que um dos problemas que influenciam o sinal é a quantidade de antenas. No Brasil, há uma antena para 4.618 clientes enquanto nos Estados Unidos, país considerado modelo para a União Internacional de Telecomunicações (UIT), são mil clientes para cada antena. Já o Japão possui apenas 400 chips ou clientes para uma antena.
Este problema não é restrito à região. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que o número de linhas de telefonia móvel no Brasil é muito maior que o número de brasileiros.
No meio do ano, eram 256 milhões de celulares, enquanto a população brasileira é de cerca de 190 milhões.
Estes dados serviram de base para uma pesquisa realizada pelo advogado especialista em telecomunicaçãções Dane Avanzi. A conclusão do estudo realizado pelo advogado é que falta estrutura e fiscalização do setor de telefonia no Brasil.
O usuário que tiver algum problema com a operadora de celular e não conseguir solução direta com a empresa pode encontrar em contato com a Anatel pelo telefone 1331 ou pelo site da Anatel, no sistema ‘Fale conosco’. Ainda de acordo com a assessoria do órgão, cerca de 90% dos casos são resolvidos em cinco dias úteis.
A terceira geração da tecnologia trouxe facilidades, como acessar sites em qualquer lugar, sem necessidades de cabos e com uma velocidade maior. Pelo menos na teoria.
Para explicar como funciona atualmente o sistema de internet, podemos usar a rua como exemplo. Antes, cada usuário tinha uma faixa exclusiva, uma pista simples e com tamanho limitado. Agora, a pista é maior, mas quando passam mais veículos ao mesmo tempo, o trânsito fica mais lento. Com a banda larga acontece da mesma forma.
Se muita gente acessa a internet ao mesmo tempo, congestiona as chamadas Estações Radio Base (ERB). São elas que dão cobertura de sinal a uma determinada localidade. A transferência de dados online é feita em pacotes: enquanto um usuário envia esses pacotes, outros podem não ter a mesma velocidade.
A Anatel determinou uma regra que os consumidores devem receber no mínimo 20% da velocidade da internet contratada. Esse número deve crescer 10% a cada ano. Cabe ao consumidor ficar de olho e, se preciso, denunciar. A própria Anatel disponibiliza um serviço para medição de banda larga. Para acessá-lo, clique aqui.
Ainda assim, de acordo com o professor de Engenharia de Telecomunicações Daniel Discini, acessar a rede pelo computador é mais rápido que pelo celular.
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